Os melhores discos nacionais de 2012

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
Mais um ano começou, o carnaval acabou e o Todos os Ouvidos demorou pra fazer sua listinha de melhores de 2012. Mas estamos de volta e nada melhor que na primeira postagem de 2013 façamos um flashback dos melhores lançamentos musicais do ano que passou. Foram muitos trabalhos bacanas que fizeram a alegria de quem gosta de boa música. Listas dos "melhores" são sempre polêmicas, às vezes injustas e carrega sempre um gostinho pessoal. Por esse motivo a nossa classificação serve mais como sugestão aos leitores. Muitos dos álbuns abaixo receberam boas críticas e se destacaram no cenário musical, vocês facilmente irão encontrá-los em outras listas por aí.

Agora vamos aos destaques de 2012:




10 – Segunda Pele (Roberta Sá) O ano de 2012 começou bem. Roberta Sá lançou Segunda Pele, um disco muito agradável, que segue uma linha diferente dos trabalhos anteriores. O samba ficou de lado e deu lugar ao pop. Roberta saiu da sua zona de conforto e mostrou um repertório mais eclético, uma sonoridade mais diversa e livre. A música de abertura “Lua” já anuncia a novidade. Renovação é a marca desse trabalho, por isso ele é presença garantida em nossa lista. Destaque: Bem a Sós, Pavilhão de Espelhos.

9 – The Moon 1111 (Otto) Depois do aclamado “Certa manhã acordei de sonhos intranquilos” (2009), Otto lançou em novembro passado o disco The Moon 1111, com uma sonoridade pop, kitsch, tecnopop e rock. A atmosfera depressiva do trabalho anterior fica menos evidente nesse novo disco. Momentos dramáticos presentes algumas composições se equilibram com o humor em outras. O repertório é bem costurado. Destaque para as músicas: Ela Falava, Dia Claro, Exu Parade.





8 – Arrocha (Curumim) O som orgânico registrado nos trabalhos anteriores sede lugar as batidas eletrônicas. O disco revela um caráter intimista por ser todo gravado de maneira digital e em estúdio caseiro. O rústico e o moderno se misturam. Destaque: Selvage, Passarinho, Tupazinho Guerreiro.










7 - Treme (Gaby Amarantos) Sem dúvida o som do estado do Pará despontou no país, não só com o aparecimento de cantores talentosos como Lia Sophia e Felipe Cordeiro, mas porque o tecnobrega ganhou ares cult. O Brasil passou a conhecer o ritmo que vêm de uma Amazônia aparelhada, moderna e vibrante. Treme de Gaby Amarantos entra na nossa galeria de melhores, trazendo um Brasil sonoro que poucos conheciam. Destaque: Pimenta com Sal, Ela tá Beba Doida, Ex My Love, Ela tá no ar.




6 – Claridão (Silva) Erudito, moderno, eletrônico e pop. Esse conjunto é que caracteriza o trabalho de Silva. Melhor descoberta sonora de 2013. Destaque: Cansei.








5 – Tropicália Lixo Lógico (Tom Zé) Eclético e inventivo como sempre, Tom Zé revisita o movimento Tropicalista nesse novo disco. Esse trabalho pode causar certo estranhamento, mas sem dúvidas é um verdadeiro estudo das origens do Tropicalismo em forma de música. Tem ainda participações super especiais, entre elas a de Mallu Magalhães, Emicida e Rodrigo Amarante. Destaques: Capitais e Tais, Tropicalea Jacta Est, O Motobói e Maria Clara.




4 - Tudo Tanto (Tulipa Ruiz) Tulipa passou na prova do segundo CD e trouxe um trabalho tão bom quanto o primeiro. A temática urbana e as crônicas do cotidiano continuam sendo comuns nas suas composições. Destaque: É, Dois Cafés, Víbora.










3 – O Deus Que Devasta Também Cura (Lucas Santtana) Nesse disco Lucas aposta na brasilidade e ritmos diversos. Tem até homenagem a Belém do Pará em “Ela é Belém”, trazendo uma pegada tecnobrega, e a São Paulo em “Se Pá Ska S.P”, carregado de um ritmo frenético que simboliza o aspecto caótico da cidade. Enfim, um disco para se ouvir do começo ao fim em alto e bom som. Destaque: Vamos Andar Pela Cidade, Dia de Furar Onda no Mar, O Paladino e Seu Cavalo Altar.



2 – Caravana Sereia Bloom (Céu) A vida na estrada serviu de inspiração para o novo disco de Céu. A sonoridade jazzística e meio hippie dos discos anteriores dão lugar ao bolero e ao brega. Destaque para: Falta de Ar, Retrovisor, Chegar em Mim.









1 – Abraçaço (Caetano Veloso) O disco encerra a trilogia iniciada com "Cê" (2006) e "Zii e Zie" (2009), o projeto roqueiro que levou o cantor a se tornar mais popular entre o público jovem. Aos 70 anos Caetano mantém o vigor criativo. Em Abraçaço encontramos uma bossa nova agressiva em “A Bossa Nova é Foda” e o funk bem sucedido de “Funk Melódico”. Abraçaço é um discaço!






Que venham bons discos em 2013!