Vendo recentemente o novo e tão comentado videoclipe da Lady Gaga, Telephone, resolvi dedicar esse post ao videoclipe. Não irei me estender na sua história, para isso basta fazer uma consulta no Wikipédia, mas falar um pouco da sua estética e o seu papel como peça de divulgação da música pop.
O videoclipe começou a ser amplamente utilizado nos anos 60 pelos Bleatles, mas foi nos anos 80 que ele começou a ser popularizado, adquirindo uma estética e linguagens próprias. Além da música e da imagem, outros elementos como montagem, edição, efeitos especiais, entre outros, passaram a fazer parte da elaboração de um videoclipe. Nesse sentido, podemos com toda certeza afirmar que o grande responsável pela revolução do videoclipe é o rei do pop Michael Jackson. Se antes os videoclipes eram meras fusões de imagens que faziam algum tipo de referência à música, a partir dos clipes de Billie Jean e Beat it, houve uma aproximação formal do videoclipe com o cinema, através do conceito de enredo. O clipe mais famoso do disco de Jackson é o homônimo Thriller. O clipe é uma espécie de curta metragem , Thriller tem tudo de filme narrativo, além do enredo, apresenta personagens principais, um letreiro de apresentação, créditos finais, etc. Sua contribuição mais importante foi subverter a música ao clipe, e não o clipe à música. Ou seja, a música do clipe é bastante diferente daquela encontrada no disco. Thriller é um marco na música pop e também na história dos videoclipes.
Pois bem, hoje os videoclipes são apresentados de diversas formas, utilizando diferentes tecnologias, e não deixam de ser excelentes peças para divulgação de música. Particularmente acho mais interessantes videoclipes com enredos, com uma boa história para contar, mais do que simplesmente o registro da banda ou artista em ação. Parece que Lady Gaga aprendeu muito bem a lição, seus videoclipes são cheio de metáforas, com Telephone ela se supera sendo, inclusive, coautora do roteiro, e apresenta uma série de referências aos trabalhos do diretor Quentin Tarantino. Ponto para ela, Telephone é um bom videoclipe, e deixa de vez marcada sua identidade, já que explora ao extremo sua imagem. Resultado: em apenas uma semana, após estréia, ultrapassou a marca dos 20 milhões de acessos.
Enfim, fico impressionado com a criatividade de alguns diretores, clipes de artistas como R.E.M., Björk, Daft Punk, estão entre os meus favoritos. Entre os brasileiros estão sem dúvida os da banda Pato Fu, que eu simplesmente adoro! O Pato Fu, por exemplo, teve uma iniciativa inédita no Brasil, lançou em 2007 um DVD de videoclipes de todas as faixas do álbum “Toda Cura Para Todo Mal”, todos os clipes puderam ser feitos com total liberdade pelos diretores, alguns já consagrados como Jarbas Agneli, do famoso clipe Made in Japan. Alguns foram feitos com animação, outros com tecnologia de última geração como em Anormal. O videoclipe é sem dúvida uma peça fundamental de divulgação da música pop.
Para ver e ouvir:
Eu - Pato Fu
As 10 turnês mais lucrativas de 2024 no momento
Há 16 horas