A hora de revirar o baú

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Nunca se produziu tanta música e artistas como hoje, com as facilidades tecnológicas proporcionadas pela internet qualquer um pode produzir um disco, com qualidade ou não. A internet facilita também descobrir novos artistas e redescobrir velhos, isso é bom, já que éramos limitados às prateleiras das lojas de discos. Mas, enfim, são tantos músicos para se ver e ouvir que nós acabamos perdidos em meio a tanta informação, é por isso que tem horas que é necessário revirar o baú da memória, da nossa coleção de discos, dos arquivos musicais, e reviver algumas canções que marcaram época e jamais se perderão, porque são eternas, não descartáveis, como muitas feitas atualmente. Esses dias, estava ouvindo Novos Baianos, bom demais, “Acabou Chorare” é uma obra prima da música nacional, considerado pela revista Revista Rolling Stone como o melhor disco nacional de todos os tempos, ouvi também Caetano, das antigas, Gal, Nara Leão, Mutantes, Blitz, bom demais. Muita coisa já tinha aqui em casa, inclusive em vinil, e o que eu não tinha tratei de baixar pela internet. E os internacionais? Também ouvi muito The Cranberries, Janis Joplin, Beatles, Michael Jackson, Cindy Lauper. E como tem muita coisa a ser descoberta ainda, um dos meus prazeres é ficar horas na internet pesquisando e descobrindo raridades.


Música para se ouvir lendo esse post : “Just My Imagination” – The Cranberries
Bebida: Vinho

A entrevista de Nick Hornby à Veja

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Semana passada a revista Veja apresentou uma entrevista com o escritor inglês Nick Hornby, nas páginas amarelas. Ele é autor de Best-selers como Alta Fidelidade e Um Grande Garoto, também responsável pelo roteiro do filme Uma Educação, que já teve sua estreia no Brasil, já vi o trailler e quero muito assisti-lo. Mas, a parte mais interessante da entrevista, feita pelo jornalista Jerônimo Teixeira, intitulada "O Pensador do Pop", é quando Hornby fala sobre música. Achei a entrevista bem esclarecedora e interessante, na entrevista Hornby diz que o Ipod e a internet mudaram completamente a forma como os fãs se relacionam com a música e que o rock já não serve mais para os jovens expressarem sua rebeldia. Gostei bastante.

* Segue uma parte da entrevista:

A música pop ainda é um canal para os jovens expressarem suas diferenças em relação aos pais?
Isso não funciona mais bem assim. O rock agora é como a literatura: existe uma biblioteca estabelecida. Você ouve o que está sendo feito hoje, e se dá conta de que algumas coisas se parecem com Jimi Hendrix ou Pink Floyd, e volta a escutar esses músicos. Sei que os jovens fazem isso: estão ouvindo Jimi Hendrix como quem lê Flaubert.

Então não há mais música para expressar rebeldia?
Bem, fora do rock, ainda há algumas formas musicais que os pais têm dificuldade para entender. O hip-hop é um exemplo, não tanto pela música em si, mas pela atitude social que seus artistas transmitem. É irônico: achamos que somos muito liberais e que nada do que nossos filhos façam pode nos chocar. O que nos choca no hip-hop são o machismo e o materialismo das letras. De certo modo, ficamos incomodados com o conservadorismo dessa música.

Em um artigo do ano passado sobre música digital, o senhor comenta que "uma música de três minutos não vai durar a sua vida toda". É uma ideia um tanto diferente da noção tradicional que temos de arte, como algo duradouro, que fala para apreciadores de todas as gerações.
Na verdade, não acho que as duas ideias sejam necessariamente incompatíveis. Uma boa canção pop pode ter algo a dizer a sucessivas gerações. Mas, no meu consumo diário de música, não quero ouvir algo que já ouvi 500 vezes antes. Ainda ouço Bob Dylan de vez em quando, mas não sei se vou ouvir, por exemplo, Blonde on Blonde do começo ao fim. Meus filhos ainda podem ter uma relação intensa com esse disco de Dylan. Trata-se de uma obra de arte que resiste ao tempo.

O iPod e a música em formato digital mudaram o modo como o ouvinte se relaciona com a música?

Sim. Foi uma mudança completa, e não sei ainda se para o bem ou para o mal. Há inúmeras comunidades organizadas em torno da música no mundo virtual, mas esse intercâmbio não existe mais no mundo real. Em Londres, pelo menos, não dá mais para ir a uma loja de discos para se encontrar com pessoas que tenham gosto musical similar ao seu. Esse tipo de loja, que eu retratei em Alta Fidelidade, não existe mais - aliás, seria impossível escrever esse livro ambientado nos dias de hoje. Ao mesmo tempo, cresceu demais o volume de músicas disponíveis.

Como assim?
Na adolescência, minha relação com a música era muito íntima e intensa, porque eu não tinha dinheiro para comprar muitos discos. Comecei minha coleção com o primeiro disco- solo do Paul McCartney, que eu ouvi bastante. Comprei outros discos, mas não foram muitos. Hoje é bem diferente. Outro dia, uma sobrinha minha me pediu algumas indicações de música. Dez minutos depois, eu havia carregado perto de 200 álbuns no iPod dela. Uma quantidade dessas seria um sonho inalcançável quando eu tinha 15 ou 16 anos. Não sei como os jovens se relacionam hoje com a música, que importância lhe dão, com esse acesso tão fácil a uma quantidade tão grande.

O senhor sente falta das lojas de discos que fecharam?
Não sou um nostálgico. Não temos mais esses lugares de encontro para falar pessoalmente com outros fãs de música. Mas a internet oferece compensações. Eu vejo muitos blogs de MP3, que funcionam mais ou menos como lojas de discos - mas dando algumas canções de graça. Como consumidor, não estou preocupado com os formatos digitais. É como profissional de uma área criativa que eles me preocupam.

Por causa da dificuldade de cobrar por produtos digitais que caem na rede?
Sim. Daqui a dez anos, poderá ser difícil fazer dinheiro com livros, com música ou com filmes. Será um obstáculo para a profissionalização do artista. Pode afetar a qualidade das obras e até mesmo a idade das pessoas que fazem música. A única maneira de ganhar dinheiro com música será fazendo turnês a todo momento, o que, com exceções, não é uma atividade tão comum entre músicos mais velhos. Se você está na faixa dos 40 ou 50 anos e tem família, filhos para cuidar, a estrada não é necessariamente compatível com seu estilo de vida. A música pode acabar sendo como o serviço militar: algo que você faz por pouco tempo quando é jovem - e depois parte para outras coisas.

O senhor ainda compra CDs ou já aderiu completamente à música digital?
Não sou inteiramente digital. Compro CDs de vez em quando. Tenho a sensação de que, se não tenho a música fisicamente, ela se perde. Quando faço o download de alguns discos, uma semana depois não lembro mais quais eram. Já não sei mais o que tenho no meu iPod. É por isso que gosto de comprar os CDs mais importantes: é mais fácil lembrar deles quando estão visíveis em uma pilha na minha casa.


* Entrevista completa através do link : http://veja.abril.com.br/170210/pensador-pop-p-013.shtml

A música gravada

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Com o advento do formato MP3 e a facilidade da internet, novos hábitos de escuta musical foram surgindo, as informações extra-musicais, como a arte que compõe o encarte, assim como os instrumentos, arranjos utilizados e ficha técnica, deixaram de ter tanta importância. Muitas pessoas hoje, principalmente essa nova geração de jovens, não atentam a essas informações, baixam música pela internet e saem por aí com seus Ipods, celulares, ou outro dispositivo móvel ouvindo músicas de diferentes gêneros distribuídas aleatoriamente. Apesar de ser possível encontrar na rede parte ou mesmo a totalidade das informações sobre a gravação, incluindo criticas, resenhas e imagens, acredito que a experiência estética de ter um disco ou CD não foi substituída, até porque tais formatos de armazenamento estabeleceram um padrão de comportamento diante da música gravada, mesmo que a demanda pelos velhos formatos ou tecnologias de distribuição tenham diminuído. Particularmente faço questão de comprar o CD de meu artista favorito, nada substitui o prazer de tê-lo em minhas mãos.

Todo carnaval tem seu fim!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Foram dias intensos de muita folia, mas tudo tem que ter um fim, já estava precisando ver minha cidade mais sossegada, afinal são seis dias ininterruptos de muita movimentação e Axé Music, dá-lhe Axé Music. Tem momentos em que chegava a dar agonia vendo as ruas sendo tomadas por tantos turistas, sujeira e odor de urina, fora que o noticiário é só carnaval, o mundo acaba, mas o carnaval está rolando solto. A festa é muito boa, trás lucro, nos diverte, mas de certa forma a cidade é maltratada, basta esperar todos os trios passar e olhar em volta. É como toda festa, deixa a casa desarrumada, suja, e coitado daquele que vai dia seguinte colocar as coisas no lugar. O carnaval pode ser uma festa maravilhosa para alguns, mas ainda bem que é só uma vez no ano.

45 mil pessoas se reuniram para ver Beyoncé em Salvador

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Foto: Rick Gentil


O show da grande vencedora do Grammy, Beyoncé, reuniu 45 mil pessoas no Parque de Exposições de Salvador, segundo divulgação da produção. A grande musa da Música pop fez uma apresentação competente, com grande dinamismo e interação com o público. O show durou aproximadamente 1h30, levando o público a loucura. Beyoncé cantou seus grandes hits, abrindo a apresentação com a canção "Crazy in love", vale ressaltar que o figurino, o cenário e os dançarinos estavam impecáveis, e as imagens do telão que intercalavam algumas canções, sendo algumas da infância da cantora, foram sensacionais. Entre os destaques do show foi o cover da música "You Oughta Know", da cantora canadense Alanis Morissette, muito legal mesmo, e a banda que também é espetáculo a parte, maioria formada por mulheres, elas tocam muito, não é enganação não. Por falar em enganação prestei bastante atenção para ver se rolava um playback, mas pelo que pude perceber não aconteceu, é no gogó mesmo. O show teve diversos momentos emocionantes, mas foi com a música "Single Ladies", que a cantora fez todo mundo dançar ao seu ritmo, e no final quando foi feita uma homenagem a Michael Jackson durante a música "Halo". Já no palco principal, Beyoncé encerrou sua apresentação com a frase "Salvador, I'm yours".
Enfim, o show foi muito bom e tal, mas é preciso dizer que a forma como foi dividido espaço (Pista simples/ Pista VIP/ Camarote Coruja/ Camarote Cerveja & CIA) para assitir ao espetáculo deixou muito a desejar, pelo menos para quem pagou caro pelo Camarote Coruja e teve que ver de muito longe e de lado a apresentação da diva da música pop. A pista simples nem se fala, estava a uma distância horrorosa, quem quisesse ver um pedacinho de Beyoncé tinha que se espremer junto a grande de proteção, enquanto isso a Pista VIP reinava vazia e tranquila, sorte para quem pagou por esse espaço, não foi tão caro, em relação aos camarotes, e ainda tinha uma visão privilegiada do palco. Espero que os próximos shows internacionais que houverem aqui, os organizadores sejam mais justos.

Amanhã, Beyoncé em Salvador!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Eu que tinha minhas dúvidas a respeito da vinda da Diva da música pop, Beyoncé, para Salvador, tive esperar para crer e comprar o ingresso para ver, já que tudo quanto é show de artista internacional é dificil vir para nossa terra soteropólitana. Pois é, caros amigos, o grande show é amanhã, vários fãs na espectativa. Segundo, o site Terra, parte da equipe da cantora já se encontra em Salvador, inclusive já visitaram alguns pontos turísticos, Beyoncé deve chegar amanhã a capital baiana, pois ela gravou hoje no Rio uma participação especial para o clipe de Alicia Keys. Estarei lá presente no Parque de exposições cantarolando seus hits e registrando tudo!

Festival da Arpub lota o Pelourinho

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010



O show de premiação do primeiro Festival de Música da Arpub(Associação das Rádios Públicas do Brasil), lotou a Praça Pedro Arcanjo, no Pelourinho, na última sexta-feira, 29. Armandinho abriu o evento empolgando o público com suas artimanhas na guitarra, em seguida foram apresentados os finalistas do festival vindos de várias partes do Brasil, e os cinco vencedores. A grande vencedora da noite foi Patrícia Polayne, representante de Sergipe, que levou para casa 25 mil reais como prêmio.
Depois de apresentado os vencedores, foi a vez de Fernanda Takai entrar no palco e apresentar uma versão curta do seu show "Luz Negra", o que não faltou foi entusiasmo da platéia que cantou todas as músicas, no bis teve Taí, O Ritmo da Chuva, e Sinhá Pureza, para completar um fã invadiu o palco e lascou um beijo em Fernanda saindo todo feliz. Enfim, o festival foi muito legal, representando uma iniciativa importante para a divulgação de novos músicos e talentos nacionais. Uma pena para aqueles que foram e não conseguiram entrar.